Fifa anunciou o Brasil como sede da Copa do Mundo Feminina de 2027; presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, promete a maior edição da história da competição
Brasil será sede da Copa do Mundo Feminina de 2027 Créditos: Divulgação/CBF |
O
Brasil foi escolhido na madrugada desta sexta-feira (17) para receber a Copa do
Mundo Feminina de 2027. No Queen Sirikit National Convention Center lotado, o
presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou que o país vai sediar, pela
primeira vez na história, o Mundial Feminino. O Brasil obteve 119 votos na
eleição promovida no 74ª Congresso da Fifa. A candidatura tripla formada por
Alemanha, Holanda e Bélgica conseguiu 78 votos.
"Agradeço
a confiança de todos que participaram do Congresso da Fifa pela escolha do
Brasil para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027. Vivemos hoje um dia
histórico em Bangkok. Essa é uma vitória do futebol feminino mundial. Garanto a
todos vocês que o Brasil fará a melhor Copa do Mundo Feminina da
história", comemorou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, principal
responsável pelo sucesso da candidatura brasileira.
A
Copa do Mundo Feminina será realizada pela primeira vez na América do Sul.
Antes, o Brasil organizou o Mundial masculino de 1950 e o de 2014. Por ser a
anfitriã, a Seleção Brasileira já está classificada. A 10 ª edição da Copa do
Mundo Feminina terá 32 países e será disputada em dez cidades.
Vitória
por 41 votos de diferença
Pela primeira vez na história, a escolha da sede foi realizada da forma mais
democrática. Desta vez, todas as mais de 200 federações nacionais tiveram
direito a participar da eleição eletrônica. Antes, a decisão era tomada apenas
por 36 integrantes do antigo Comitê Executivo. Na Tailândia, 207 países votaram
nesta sexta-feira. Apenas os quatro países candidatos não votaram.
Desde
o início da semana, o presidente da CBF e os integrantes da delegação
brasileira fizeram o corpo a corpo com os eleitores na tentativa de conseguir o
maior número de votos. O Brasil começou a campanha com o apoio da Conmebol
(Confederação Sul-Americana de Futebol) que tem apenas nove votos, excluindo o
voto do Brasil. Já a candidatura europeia partiu com o apoio dos 55 países do
continente.
Apesar
da desvantagem inicial, o Brasil desenvolveu em um ano um projeto que convenceu
os eleitores. Sob o slogan Uma Escolha Natural (A Natural Choice), o país se
apresentou na Tailândia como potência mundial e contou com o apoio de
representantes de todos os continentes para que a Copa do Mundo Feminina da
FIFA seja um catalisador de oportunidades para mulheres dentro e fora dos
campos.
O
Mundial trará um legado duradouro no que diz respeito ao uso dos equipamentos
esportivos para fortalecer o futebol feminino, à capacitação de profissionais
do esporte e aos programas sociais vinculados com o evento em todas as regiões
do Brasil.