| Foto | Arquivo Pessoal/Idel |
Nasceu no dia 25 de março de 1955, na Rua Herbert de Azevedo com a Sá Peixoto – Centro, nesta cidade de Parintins. Estudou até o segundo Ano do 2º Grau, fez alguns cursos profissionalizantes entre eles o Curso de Telecomunicações. Foi funcionário publico municipal por onze anos na gestão dos prefeitos Gláucio e Enéas Gonçalves, atuando na Secretaria Municipal de Esportes. Idel casou-se com 31 anos e teve com sua esposa três filhos e, atualmente está solteiro, separou a seis anos e mora sozinho na Rua Paraíba.
Começo
Iniciou no futebol jogando na equipe do Juvenil do Nacional em 1969 e 70 ingressou na equipe principal onde permaneceu até 1973. Durante sua estada no Naça conquistou título no banco de reservas. No ano de 1974 passou a jogar no Amazonas Esporte Clube e ficou até em 75. Na equipe Rubro Negra não ganhou título. No ano de 76 passou a jogar no Atlético Sul América Clube e ganhou um título na Copa Parintins. No ano de 1977 passou a jogar no Esporte Clube Parintins, mas também não conquistou título. “Não ganhamos título de 77 a 81 pelo Esporte porque na época os organizadores do campeonato não deixavam, eles sempre preparavam tudo para dar Sul América e Amazonas ou Nacional na final”, destaca Idel. Como jogador foi convocado por duas vezes para atuar pela seleção, mas não atuou nem uma convocação.
Momentos marcantes
Para o ex-jogador foram muitos os momentos que marcaram sua trajetória no futebol. Segundo ele um dos momentos bons era quando o Esporte ganhava do Sul América. Idel comenta que não era fácil ganhar do Sul América na época.
Um dos momentos também que marcou na caminhada do futebol foi um amistoso realizado na cidade de Óbidos (PA). Nesse tempo o Esporte Parintins fazia turnê pelas cidades e, em Óbidos enfrentou a equipe dos Marianos. “O jogo foi 2 a 2 e eu fiz o um gol de peixinho (jogada típica que o atleta se atira de cabeça na horizontal em direção à bola), esse é um gol que não esqueço”, lembra o ex-craque. Idelfonso quando jogador começou jogando de ponta direita e depois atuou como zagueiro, posição que se deu muito bem ate o fim de sua carreira como atleta.
Futebol da época
Idel descreve o futebol da época como “incomparável”, para ele o futebol era muito técnico e só jogava nos times atletas que estavam bem fisicamente e que sabiam jogar bola. O ex-jogador lembra que as equipes eram bem preparadas e tinham também jogadores no banco a altura para substituir qualquer jogador. No meio a tantas lembranças boas do futebol, Idel cita nomes de alguns grandes atletas como: Alan, Jorge Canal, Zezinho, Pena, Celso (Amazonas), Aracy, Augusto Balão, Fernando, Jararaca, Sacurá.
“Quando tinha clássico a cidade ficava agitada, principalmente quando tinha clássico entre Amazonas e Sul América e a partir de 77 quando o Esporte Parintins foi criado surgiu outro clássico quando se enfrentavam Esporte e Amazonas ou Nacional”, comenta. Segundo o ex-jogador, em sua época o estádio era precário, o gramado não oferecia condições de desenvolver um bom futebol. Ele compara o de hoje dizendo que o atual gramado é um “Maracanã” com gramado verdinho. Contudo, em sua época o futebol era bonito de se ver. “O torcedor tinha o prazer de comparecer ao estádio para ver sua equipe jogar, era prazeroso ver as torcidas fazendo festa”, destaca Idel.
Preparação
A preparação era levada a sério pelos atletas, todos precisavam estar bem fisicamente, ninguém queria perder a chance de jogar em uma partida. Dessa forma era preciso participar dos treinamentos, os trabalhos aconteciam no campo do Amazonas, no estádio, no campo do Vasco no Parananema e até nas praias em frente à cidade.
Futebol de hoje
Hoje o futebol em Parintins acabou, tenho vergonha de ver hoje a cidade sem o futebol. “Nós tivemos gestores que governaram nossa cidade e ate jogaram bola com a gente e nada fizeram pelo nosso estádio. Poderíamos ter um estádio bom com arquibancadas para as pessoas sentarem, porque ninguém aguenta ficar em pé por muito tempo, precisam de banheiros, as mulheres quando vão ao estádio não tem onde fazer suas necessidades, enfim somos a primeira cidade do interior do Amazonas e não temos um local digno para se fazer esporte”, declara Idel.
Para o ex-atleta se houver “organização e boa vontade” é possível trazer de volta o futebol parintinense. Ele destaca o trabalho de Ocivaldo Santos, o “Codó”, feito na Copa Incentivo, segundo o ex-craque foi uma ideia muito acertada de organizar uma competição que pudesse preparar as equipes e o torcedor a voltar ao estádio. Na opinião de Idel, o que se tem que pensar e avaliar é o número de equipes participantes na competição, isso segundo ele, como forma de organização de uma disputa o número de equipes hoje em Parintins para um campeonato deve ser no máximo oito equipes.
Por: Nelselino Santarém
Postado: Em 2014, NH
